30 de junho de 2007
El Ciervo Vulnerado
Alone I Break
21 de junho de 2007
Hoje chorei por você
Mas sim, concordo. Não gosto destes cumprimentos, quando não são significados. E se me perguntam de novo, “mas está tudo bem mesmo?”, evito a exposição e falo rispidamente “tá, ué”. E, se a pessoa persiste porque sabe que tem algo diferente, a rotulo de insistente.
Então que porra de show é esse que eu faço? Ou seja consistentemente verdadeira. Ou seja consistentemente mentirosa. Hipócrita de todo jeito.
Porém, mudei.
Pisquei os olhos.
Estalei os dedos.
Bati os calcanhares.
Mexi a ponta do meu nariz.
Chamei a fada-madrinha.
Pedi pro tarô.
Desejei pra estrela cadente.
Rezei pros céus.
Joguei moeda na fonte.
Fiz vodu.
Depois de nada disso ter funcionado, estou hoje na minha luta para ser melhor. Para viver melhor. Estou achando meu jeito. Se me perguntam, respondo para quem quer saber. Se insistirem, sou sincera. Sem mais oito-oitenta. Ou sim ou não uma ova. Já tá na hora de eu ir tirando minha fantasia adolescente de extremos. Uma piada, eu sei. Mas estou só no primeiro passo, não me julgue por ter parado. Pelo menos tentei.
Cortando minhas veias da ira em meus pulsos, ainda não morri.
***
Há muita dor atrás de um oi. Ninguém tem culpa de seguir as leis do cotidiano. Se tais pessoas não te servem, vá atrás de quem tem um terceiro ouvido, um além das cordialidades introdutórias.
Meus tudo-bens continuarão até ouvir de você uma resposta sincera. Uma que não seja levada entre altos e baixos.
Suzanne, a menina sem Superego
Suzanne é Deus. Se achando só no mundo, fez o que fez. Se achando dona do mundo, fez o que fez. Se achando toda-poderosa, fez o que fez. Se achando Deus, matou a lei. E, sem saber a hora para quando chorar, pergunta para um de seus bonecos, sorrindo.
Suzanne alcançou seus desejos perfeitos e mirabolantes de sua cabeça de criança apaixonada. Pois era Deus. Mas eu não o sou, portanto estou a caminho de construir minhas próprias ferramentas, indo atrás de um pequeno querer para, um dia, quem sabe, espero eu, eventualmente, em algum lugar do meu caminho... acho que vale até rezar.
19 de junho de 2007
Need to
Confesso que nunca entendi direito o por quê das pessoas perguntarem se está tudo bem. Elas não querem realmente saber, e se reparar, você também não quer. Talvez demonstrem interesse caso não estiver tudo bem. Aí, nesse caso, te perguntarão "por que?". Porque o ser-humano é assim, podre e sádico assim. Só querem acumular desgraças, obter preocupações e acumular dores. Por que ninguém pergunta por que? quando respondemos que está tudo bem?
Outro exemplo disso é quando alguém morre. Qual a primeira pergunta que te vem na cabeça?! "Morreu do quê?". E de que adianta saber se já virou carne dada aos vermes? É pura curiosidade sádica e "macabra", mas é normal.
Voltando ao assunto, "tudo bem?" é uma pergunta retórica, não foi feita pra responder a não ser que seja alguém próximo a você, e mesmo assim não é sempre que se aplica a regra. Se é uma pergunta que não queremos saber a resposta e nem responder de forma sincera quando nos perguntam, por que fazer? Demonstrar uma falsa atenção e preocupação. Hun, será que precisamos disso? Acho que não, já temos falsidade em demasia.
E como estar tudo bem? Impossível TUDO estar BEM. Não posso acreditar, não consigo, e não quero crer que alguém possa estar 100% de bem. Já me senti assim, poucas vezes. Me senti como se nada importasse a não ser aquele momento feliz, aquela fagulha esperançosa que esboçou um sorriso outrora em meu rosto cansado. Mas, porra, toda hora? É mentira! É como se fosse um "tanto faz."
Eu pergunto se está tudo bem com alguém. Muitas vezes nem quero saber, e me cobro para evitar esse tipo de pergunta de quem eu não quero saber a resposta. Melhorei. Existem tantas perguntas sem resposta, tantas coisas as quais deveríamos nos preocupar mais. Ou nos preocuparmos de verdade.
Espero que da próxima vez que me perguntarem se está tudo bem, esperem a resposta ao invés de dispersarem em qualquer outra falha. E que eu possa fazer o mesmo.
"Olá, tudo bem?"
NÃO
18 de junho de 2007
Roads
Eu não sei o que eu quero. Não sei se alguém realmente sabe, de coração, o que quer. Não tem como saber se não começarmos alguma coisa. É aí que pega. Eu quero fazer um monte de coisa, realizar desejos notáveis. Mas algo me pára. É como essa Evolução Obrigatória na qual tento não seguir, mas, caio em contradição por não evoluir em nada. Absolutamente nada. E ao mesmo tempo que quero realizar, vejo a morte descartando a vida do baralho. Vida descartável... Os anos têm passado cada vez mais velozes, o relógio tem tido cada vez mais pressa. Nada satisfaz, nada é novidade. E eu, essa massa atônita flutuando e enrugando nos espaços.
Cada vez que respiramos, afastamos a morte que nos
ameaça. (...) No final, ela vence, pois desde o nasci-
mento esse é o nosso destino e ela brinca um pouco
com sua presa antes de comê-la. Mas continuamos
vivendo com grande interesse e inquietação pelo
maior tempo possível, da mesma forma que sopramos
uma bolha de sabão até ficar bem grande, embora
tenhamos absoluta certeza de que vai estourar.
6 de junho de 2007
"I'm never going to know you now, but I'm gonna love you anyhow"
Eu me sinto da mesma forma. Eu tenho amor, tenho, sei que tenho, realmente tenho. Certeza. Mas sinto que meu amor é dispensável, ou até desnecessário. Se há outros (e, creio eu, melhores) por que aceitar o meu? Um a mais, um a menos. Não importa. Tanto não importa, que quem chora agora sou eu e não você.
Nessa semana, tive tal surpresa que não conseguir me controlar e me desmanchei na faculdade. Eu chorava e me exaltava, já no ônibus, com os olhares estranhos dos passageiros, como se chorar fosse proibido. Estar triste é proibido.
Porém, estou feliz e positiva ultimamente. Então, pude ver as belas coisas decorrentes de uma traição, a infelicidade de uma pessoa só que não me viu como sou. Outros viram, e agora, escrevendo isso, choro feliz por este acaso. Sou querida, meu querido. Mais do que me dou crédito.
Há esperança. Não sou do tipo de tê-la, sou do tipo ilusões e utopias. Mas me mostram que há. Então vou esperar. Vou amar, mesmo que doa. E dói, eu sei. No entanto, os ensinamentos valeram a pena. Amei a pessoa certa, no momento certo. Só não fui amada.
***
Acho que você não amou a pessoa certa, no momento certo.
***
“And love is the Dream you enter, though I shake and shake and shake you”
Ainda se sente mais Sonho que o próprio?