parte I
Primeiramente, desejo doar. Tudo, tudo o possível, tudo aproveitável. O resto, às cinzas. “It’s better to burn out than to fade away”. Quero ser jogada ao vento, aos patos, do alto do meu balanço. Mas se ainda não morri, se estou em aparelhos ou algo similar, família: faça o que quiser. Vocês me conhecem melhor que ninguém, saberão julgar quando a vez chegar.
Sobre meus pertences materiais, não tenho um inventário. Eram minhas coisas e seus valores muito provavelmente compreendidos apenas por mim. Por isso, deixo tudo para minha mãe, pai e irmão. Mas gostaria que meus queridos e queridas (ou quem se interessasse) pudessem conhecer minhas coisas e descobrir o que de mim deixei nelas. Levem o que quiser. O que não for essencial para minha família.
Apenas desejo que os presentes dados sejam devolvidos aos donos e que as cartas sejam retornadas aos remetentes. Afinal, são de vocês.
E a promessa: Yu, meus escritos, diários, lembranças, recortes, picotes, meu passado, meu presente. É tudo seu. Nunca é tarde demais para conhecer alguém. Queria te dar o melhor de mim, mas não sei se isso foi possível. Sei que tentei. E se não foi possível, agora me entrego por inteira.
Deixo e dedico:
Deixo e dedico:
Aos meus amigos de colégio (pessoal mais novo), um obrigado. Vocês me salvaram. Yuri, você mais que todos. Aos meus amigos de colégio (pessoal mais velho), meus companheiros. Fui verdadeira.
À Paty e Fernanda, meus amores. Deixo meu desejo de ser menina.
Nathi, a você dedico minhas safadezas e meu vudu.
À Mari, deixo minha confidência, que tanto te faltou.
À Belisa, meu desejo por amizade.
Ao Yu, meus sorrisos.
Ao pessoal do cursinho, minha maturidade.
À Tor, meu carinho.
À Renata, Isa, Duda, Natalie, Artur, deixo meus dias passados nas aulas, meu conhecimento, minha rebeldia. Minha vontade de estar lá e meu desejo de deixá-los e seguir meu caminho.
À Flávia, meu desejo de ser feliz.
À Tuti, minhas crenças.
Ao meu irmão, minha infância e nossas tantas fantasias. Fui realmente feliz ao seu lado.
Ao meu pai e à minha mãe: meu amor.
À Paty e Fernanda, meus amores. Deixo meu desejo de ser menina.
Nathi, a você dedico minhas safadezas e meu vudu.
À Mari, deixo minha confidência, que tanto te faltou.
À Belisa, meu desejo por amizade.
Ao Yu, meus sorrisos.
Ao pessoal do cursinho, minha maturidade.
À Tor, meu carinho.
À Renata, Isa, Duda, Natalie, Artur, deixo meus dias passados nas aulas, meu conhecimento, minha rebeldia. Minha vontade de estar lá e meu desejo de deixá-los e seguir meu caminho.
À Flávia, meu desejo de ser feliz.
À Tuti, minhas crenças.
Ao meu irmão, minha infância e nossas tantas fantasias. Fui realmente feliz ao seu lado.
Ao meu pai e à minha mãe: meu amor.
*
E a todos deixo meus ouvidos.
Um comentário:
E meu medo se tornou realidade. Não tenho o que deixar, nem a quem deixar. Tenho o que é importante para mim, mas minha vergonha não me deixa dizer. Não sei ser sincera, meu querido. Me desculpe. Falhei, de novo. E de novo. E de novo. Não consigo derrubar essa parede que me afasta do mundo, das pessoas, de você. Sinto todos perto, mas distantes de mim.
A todos meus ouvidos, mas não meu coração.
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