A morte de um pedaço meu. Talvez esse seja meu divisor maior, não sei dizer. Um pedaço meu que tinha esperança, que brincava e se preocupava... que amava. Que fazia maldade porque sabia que quando crescesse seria uma boa pessoa. Deus perdoa as crianças porque elas fazem as maldades sem saber o que realmente significa. Costumava acreditar. Ainda tenho em mim minha inocência infantil, talvez seja pra não me sentir tão culpado...
Eu brinco tanto e dou risadas bobas de tudo porque essa é minha necessidade. Eu posso estar sozinho, eu não posso estar sozinho, eu sempre estou e nunca estou. A risada e o constante ato do ridículo e da piada é pra criar proteção. O que eu realmente sou, o que eu realmente estou, a graça é como um escudo. Igual quando todo mundo pergunta se está "tudo bem" quando elas nem realmente querem saber nada, muitas vezes nem esperam a resposta. É uma pergunta automática que elas nem querem perguntar, a não ser que você responda "não". Aí todos param para ouvir sua desgraça. Felicidade não precisa de motivos. Tristeza? todos. Todos gostam do horror. Mas é normal.
Olhe nos olhos das pessoas e diga o que você vê. Tristeza, acúmulo de mágoa e dor. Eu sei que está lá, em cada bolinha preta de cada olhar. Eu consigo ver como uma maldição, uma poluição que impede o brilho puro do olhar. O máximo da alegria são lágrimas nos olhos.
YuЯi: "minhas aulas estão um saco tia! não ganhei nenhuma estrelinha hj. Eu me sinto totalmente alienado, me sinto um grande bosta que não faz nada direito a não ser fingir que sou alguém importante, ou até mesmo, especial. A minha personagem é só pra esconder o quão inútil e fútil eu sou, pra ocultar a minha decadência e demência. É realmente muito triste mesmo... mesmo não precisando, guardarei sua dó[eu cuspo na sua dó, não te conheço, não preciso dela] na minha caixa de sapatos. Continue me fazendo rir..."
Eu tô só brincando, mas ninguém tá rindo.
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