Ontem eu saí com ela. Como ela me lembra aquela de que sinto tanta falta. Ela tem os olhos dela, mas não me olham igual; ela tem o jeito dela, mas não é pra mim e, sua risada, se parece tanto com a dela... mas é sem-graça. Elas se parecem tanto que eu sinto raiva. Não quero mais vê-la para não ter de lembrar dela. Ela trabalha comigo. Ela está tão longe. Ela está no restaurante. Ela chora por aí e eu não estou por perto. E ontem, quando ela se aproximava e me encostava, eu desviava quase inconscientemente com medo de que ela fosse ela; e quando ela me dirigia a palavra e conversava, a mágoa ensurdecia e só sorria receptivo, porém neutro. Me fazia calado. Não quero magoa-la de novo, mesmo que ela não seja ela. Elas são tão parecidas... Eu não quero mais vê-la. Eu quero tanto vê-la. Eu não quero saber do seu dia. Eu quero ser o dia dela. Elas não me contam nem me assistem, eu não mereço.
Aquela que sinto falta não se parece com ninguém, porque era única. Aquela que sinto falta não vai voltar, porque eu já fui. Porque ela já foi. Eu não sinto falta dela, mas eu sinto sua falta.
Everything in its Right Place.
3 comentários:
aquela que sinto falta não se parece com ninguém, porque era única.
aquela que sinto falta não vai voltar, porque eu já fui.
o comentário que eu não pus!! ^^
posso por?
sério? hehehe
claro que pode colocar, se vc assim quiser
Postar um comentário