Encontro minha letra em papéis desconhecidos. Papéis que não foram escritos por mim. Parece que essa paranóia, esses ludíbrios que eu faço comigo mesmo, não vão cessar. Leio e não sei o que eles querem dizer, se é que saberia antes. Números, letras. Números. Palavras sem congruência vomitam de dentro de mim, não só da boca. O corpo fala demais. E com o corpo, essas palavras perdidas se encontram, porque é seu mapa, desconexo.
Parece que essas músicas foram feitas para esses meus momentos. Como se quando as fizessem pensassem realmente em mim. E nesses meus momentos, eu encontro uma paz quase divina. E triste. Isso aqui é raiva. RAIVA. Raiva mesmo, controlada. A pior das raivas, a da enxaqueca. Aquela que invade até meus sonhos e não me deixam dormir. Mas eu não me permito acordar. A raiva que encontra minha paz. E fico lá, divagando em meu Éden. Foi o que sobrou, não foi?
Converso. E falo e falo e falo, bastante. Mas é raro ter alguém ali. E quando dou por mim, volto ao sábio silêncio. É por isso que converso bastante na companhia de quem eu julgo presente. Porque eu só estou cansado de falar sozinho e ninguém me responder. Eu estou cansado de não ter desafios e não sentir emoção nenhuma em nada. Sabe, nada? Absolutamente. Até eu me surpreender com uma de minhas letras num rascunho qualquer. Códigos indecifráveis. Mas eu sou Deus, então eu sei.
Parece que essas músicas foram feitas para esses meus momentos. Como se quando as fizessem pensassem realmente em mim. E nesses meus momentos, eu encontro uma paz quase divina. E triste. Isso aqui é raiva. RAIVA. Raiva mesmo, controlada. A pior das raivas, a da enxaqueca. Aquela que invade até meus sonhos e não me deixam dormir. Mas eu não me permito acordar. A raiva que encontra minha paz. E fico lá, divagando em meu Éden. Foi o que sobrou, não foi?
Converso. E falo e falo e falo, bastante. Mas é raro ter alguém ali. E quando dou por mim, volto ao sábio silêncio. É por isso que converso bastante na companhia de quem eu julgo presente. Porque eu só estou cansado de falar sozinho e ninguém me responder. Eu estou cansado de não ter desafios e não sentir emoção nenhuma em nada. Sabe, nada? Absolutamente. Até eu me surpreender com uma de minhas letras num rascunho qualquer. Códigos indecifráveis. Mas eu sou Deus, então eu sei.
2 comentários:
Cada um faz uma escolha.
É melhor a RAIVA do que a ausência de qualquer sentimento.
É Deus? Tá explicado o tédio e a falta de desafios. Quando vc não se bastar as coisas poderão ser diferentes.
Pesadíssimo isso tudo.
Beijo
Acho que não há comentário mais certeiro que não o da Milla.
Entenda que você não basta.
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