As letras se embaralham e se escondem na ponta da caneta e na ordem das teclas, o peso do sorriso derruba minha cabeça e as lágrimas escorrem no meu rosto de cinzas, transformando tudo em lama.
Na maioria das vezes a anestesia não me permite sempre sentir, tentei ver de uma maneira diferente, mas meus olhos doentes só enxergam o meu horror espelhado no brilho de seus olhares vazios. Sem as armadilhas da morte não há motivo algum para viver.
eu sinto saudade de um tempo que não foi, de onde eu não existi, do que não aconteceu. A inércia deste instante me incomoda, ele se estende eternamente no passado e no futuro, me deixando divagar no agora. Eu vi o futuro e tudo estava morto, eu também estou e fico aqui, me perguntando sem saber de quem eu sou o erro.
Vejo e sinto coisas que não são daqui, que são de mim.
Eu sou a dor infinita do meu próprio fim.
Um comentário:
Eu sou a dor infinita do meu próprio fim.
Bem assim.
Postar um comentário