Me ouvi chorar naquele mar de lágrimas psicodélicas que era o fim do último dia. O sol se despedia vermelho e sincero enquanto a lua surgia bem alimentada pela luz. Navegava para lugar nenhum procurando um recanto para meu sonhar infinito...
O gosto de chumbo indicava o quão longe eu estava a caminho do centro da Terra, para nadar nas lavas ferventes da desgraça. A felicidade é aquarela fresca que se mistura e escorre da tela. Até manchar tudo, sujar tudo, bagunçar tudo, para deixar nada. Uma arte falha.
No fundo imundo escuro não me vi sozinho, um monte de outros eus, vocês, nossas mães, nossos filhos, semelhantes, amigos... Todos nós desatados...
Mas você dançava a beira-mar as batidas de um coração que não cansa de ter esperança, enquanto que meu descompasso desajeitado me fez afundar cada vez mais nos oceanos do meu mundo. Afundei sorrindo pra você e sumi.
Me acabei em sal e
c
h
o
v
i
...
2 comentários:
Batidas de um coração,
queria ele bater?
Meu último dia, com mar de lágrimas, foi na verdade o começo de uma nova caminhada, rumo ao longe das lavas da desgraça. Mas o caminho é longo... e difícil.
Bata coração, bata! A direção vai para onde você apontar!
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