Rambo era um cão inteiro preto, forte e simpático. O dono das terras. Todos o obedeciam, era o chefe da matilha. Mandava os outros cães correrem, voltarem, latirem ou ficarem quietos. E, como um bom chefe, era o mais esperto. Sabia pular a sacada e ficar na varanda, pois tinha direitos, era o mais velho de lá. Bastava uma virada de rosto e Rambo entrava e se sentava num tapete ou numa cadeira.
Com o passar dos anos, Rambo foi envelhecendo. Já não corria com os outros, mas ainda comandava a matilha. Em seu lar, era o único com uma casinha, na qual se lia "RAMBO".
Nestes últimos anos, Rambo estava velho e doente. Saía pouco de casa, latia pouco, andava com dificuldade. Fedia. Fedia muito, tinha problemas de pele. Mas quando viu um de nós, encostava seu pesado e cansado corpo no nosso, pedindo carinho.
Soube hoje que ele estava muito mal. Uivava muito de dor. Até que não se ouviu mais seus uivos. Quando foi-se verificar o que aconteceu, Rambo estava na represa. Acredito que ele viveu tudo o que quis e decidiu seu fim.
3 comentários:
ele tinha um olhar tão bonito
fiquei triste
A terra já não é a mesma sem o rambo mandando.
hum o rambo é lindo =)
eu já chorei muito mais a morte de animais meus do que de pessoas.
deixou a vida na represa... bonito isso.
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