Uma mulher ocupa minha mente, repetida-mente, quase um déjà vu. É ela, a que não ostenta um rosto e que visita a todos. Vem para nos buscar quando o momento é certo. Ou por vezes incerto. Sempre coberta num manto, chega com seu sorriso maravilhoso para acolher quem procura por perdão.
Mas ninguém percebe seu sorriso. Viram-lhe seus rostos, tentando uma última fuga às sombras de sua alma. Não era por quem esperavam. Clamam por Deus, onde Ele estará? “Para te salvar, só resta eu”, sussurra ela, enquanto sua luz inunda as faces desesperadas, afogando-as no mar da vida.
E eles justificam-se, pois não foram eles que desejaram ser náufragos nestas águas salgadas pelos prantos dos inconsoláveis. Porém os gritos não mais são ouvidos; e os soluços não acordarão ninguém, além de mim.
É apenas a primavera chegando em Paris, trazendo consigo o cheiro das flores, nestes meus dias de abril.
2 comentários:
UAU!!!
você se superou!!! caralho!!!
=DDDD
deu vontade de escrever o que já foi feito.
brigado lice, se um dia gravar em algum lugar, seu texto vai junto, com sua permissão é claro. ;)
que bom que gostou : )
fiz com carinho
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