Domingo eu perdi a mais preciosa certeza da minha vida. Minha única certeza, para ser sincera. Na verdade, eu já sabia tudo aquilo que ouvi, mas não esperava que outros, aqueles outros em especial, o apontassem. Achei que eles viam esperança em mim, viam minha real realidade e não a que eu vejo. Porque a minha realidade é uma merda. E eles sempre me fizeram acreditar que ela era uma mentira... mas isso na minha frente. Foi numa conversa que eu não devia ter ouvido que descobri a verdade. A minha real realidade.
Eu perdi, perdi meu lugar. E agora? Os dias passaram, eu desviando olhares, adoecendo, sumindo, fingindo estar tudo normal. Mas chorava no ônibus, na rua. Lá ninguém me conhece mesmo. Ninguém vai atrapalhar minhas lágrimas, pois não sou dali. Não faço parte. Porém, parece que não faço parte de nenhum lugar mais. Aqui não me sinto mais em casa, lá sou só mais uma. As pessoas estão mudando, as coisas estão mudando e eu estou perdida.
Meus textos não são os mesmos, as palavras não se conectam.
Minhas conversas perderam o sentido, as pessoas não me entendem.
Eu não caibo mais no seu abraço.
Seus telefonemas não têm o significado que tinham.
Suas palavras não têm mais efeito.
Seus olhares me olham diferente.
Tudo se tornou estranho e eu estou alheia.
Perdi o encaixe do mundo.
E não queria ter falado as coisas com um estranho. Mas não tive outra opção. E eu não devia ter o direito de reclamar, já que foi a vida que construí pra mim, mantendo sempre todos afastados e só um lugar de apego. Pois é, Alice, bem feito... e agora?
***
Vida, pára! Eu quero descer.
2 comentários:
vc sabe lice....
não direi mais, vc sabe!!!!!!
se vc sofre, aqueles que moram com vc tb sofrem (soh que a gente nem tem idéia do qnt..)
vou desenvolver mais meu comentario num email!
te amo!
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