Saiu do quarto e antes que pudesse terminar as escadas se desembestou a chorar. Ele que nunca havia chorado na frente de ninguém, chorou para as paredes, fotografias, janelas e insetos e vermes invisíveis que havia naquela casa. Desceu parecendo um bebê, chorando e se arrastando pelo chão.
Chão. É um lugar seguro! Do chão a gente não passa, não é mesmo? Se enrolou no tapete e foi chão. Levantou verme, pegou o telefone e apertou os números como se soubesse a quem ligar. O desconhecido atende e te ouve chorar, só chorar... até que desista e te desligue da vida dele. De sua vida. Que coisa feia. Feia é como a coisa vai ficar quando ele pega uma faca na cozinha. Amante.
Amante. É, você sabe – o que ama dores e sabores em adocicadas gotas de sangue saindo dos punhos. Pingou por aí até não ter mais motivo para pingar. Não crendo em nada disso, desfez seus atos para não sujar o jogo de pano de prato, o sofá maldito sofá. Morrer também não vale à pena, no final das contas. Mas a vida pesa conforme as horas diminuem.
Diminuindo,
indo,
iii
sumiu.
They used to have pulses in them
But impulse has made the strong
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