Ele pulava como uma criança, gritava como num parque de infância e se despia como nos dias quentes das férias de verão. "Mamãe, tenho super-poderes, posso voar!". E voou. Voou como um adolescente em desespero, numa família conturbada, um gênio grande num corpo pequeno. Quebrou-se de fora pra dentro, pois falhara de dentro pra fora. A marca do peso de sua dor está lá... ainda não foi pintada por cima.
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Será que seu corpo quebrou? Agora penso e não sei. Acho que nunca saberei. Espero que para ele tenha funcionado e ele tenha conseguido. Quebrou sem morrer, o que ele pensa agora?
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Histórias à parte, queremos filme e novela, mas não foi nada disso. Queremos a subjetividade cuspida na vida, porém tudo foram fatos. Miligramas diferentes. Foi de fora pra dentro o grito, a tentativa, o pulo. O que não elimina a força das suas vísceras, mas mascara a verdade. O que ele pensa agora?
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"Será que fui eu mesmo?"
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