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26 de junho de 2008

Allan Psychedelic Breakfest [parte 2]

Eu não tomava café até ele aparecer. Talvez fosse a única coisa que nos unia, manter um relacionamento com Allan era uma linha muito fina e sensível. Sempre falo que nossa amizade é um fio de cabelo, ele sempre fica puto com essa afirmação e sai gritando uma onda de pressão "cábelO, caBÊlo, CABELÔ" até ensurdecer meus martelos, bigornas, estibos, tímpanos.

Um dia entrei e tinham sete Claudias¹ -- mulheres gatas, de todos os tipos, nuas. Pensei "caramba, aqui tá tão cheio de vida. Só aqui tem umas - faço as contas olhando pra cima como quem tenta enxergar o próprio cérebro - quarenta e nove!" Alguém viu o Allan? Ele estava dentro de uma delas rindo que se acabava.

Teve uma vez que nos envolvemos com _____. Allan sempre me dizia "Vai, descarrega todo o pente, vai, mata toda essa gente!" Fiz, mas não porque ele mandava, mas porque era o certo a fazer. O ódio tá na mente, ele só instigava. Ninguém morre inocente - esse era nosso lema. "Eu fui atingido! Rápido, Allan, chama alguém, fazalgumacoisa!!!"

Era só vídeo-game, essas coisas mexem mesmo com a gente.
Voltamos ao café-da-manhã, tinha geléia de morango por toda parte...



¹. Vocês não sabem quem é a Claudia né?! Amanhã.

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