Os dias doem ao não te perceber mais. Ontem estava tudo bem, rimos até. Dias que se tornam meses, que somam anos, que esmaecem e embaralham as lembranças. Juntamos sua vida espalhada pela casa, enfeitamos algumas paredes com sua essência, deixando todas as alegrias em memórias e sorrisos que amarelam junto às fotos.
Quando a Morte nos surpreende pela única vez (ou TODAS as vezes), voltamos a ser crianças inocentes sem nada entender. O que perdemos, esperamos ansiosamente pela volta... Como se fosse voltar. Seu rosto ou seu cheiro não parecem tão claros até que vez ou outra me assusto como sinto você aqui, do meu lado. Tem coisa que é maior que a gente e o único conformismo é acreditar que aconteceu porque teve que acontecer. Não é castigo, mas dói demais.
Acreditar que te fiz feliz e ter a certeza de que fui feliz ao seu lado. Aquela despedida que não aconteceu na única promessa que você não cumpriu: a de que você voltaria pra casa para me ver crescer. Você não voltou e eu não sei se cresci. A culpa não foi sua, eu sei, mas algo maior que eu continua te esperando...
2 comentários:
Lindo e cruel!
po... essa tocou..
e o vazio se preencheu com palavras
bjs
gabizinha
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