As memórias são filmes sem ilha de edição.
Ideias rondam os homens
que falam línguas que parecem sem razão.
Ele ainda estava perdido,
Sua amante prometia retornar,
Mas ele havia esquecido.
Ela mentiu.
Ideias rondam os homens
que falam línguas que parecem sem razão.
Ele ainda estava perdido,
Sua amante prometia retornar,
Mas ele havia esquecido.
Ela mentiu.
Por mil dias ele andou sem parar, se arrastando pelas noites de seus olhos. Nunca mais viu luzes cintilarem tão forte, com tanta precisão. Não sabia seu nome, nem ninguém a conhecia no fim do mundo onde ela o havia mandado.
“Foi muito bom estar com você aqui”, os demônios repetiam retorcendo a voz dela em sua cabeça. Ele nunca estava cansado, mas perdido, sem saber se realmente desejava voltar ao mundo desperto. Seus passos infinitos não rendiam. Confuso, contou e ouviu histórias sobre mulheres piratas e amazonas, xamãs que dominavam a língua dos homens e os fazia escravos da liberdade. Não se falava em realidade ali, não havia motivo para definições. Só histórias.
A sentia por perto, em outros planos, em outros seres, em tudo ali. Ela o mandara para seu mundo para que ele pudesse mandá-la para o dele. No meio da jornada se questionou e se perdeu confuso.
Havia dúvidas sobre quem salvar. “Eu vou encontrar um caminho, vou confundi-los, eu acho que consigo. Vou salvar sua vida”, ele dizia. Quem corria para resgatar uma alma perdida agora precisava ser salvo. “Você é quem precisa ser salvo”, a voz dela batia forte dentro dele. Ele nunca mais a viu. Ela prometeu.
Ele não dormia.
Nunca mais sonhou.
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