Náufrago de uma vida em paz. Meu germe da destruição já corroeu meus órgãos, corre em minhas veias e alimenta meu coração. Meu espírito nada diz, e minha boca se tornou só um instrumento que consome.
Você foi até o fundo resgatar o resto perdido que sobrou de mim. Eu já estou acostumado com toda essa atmosfera sem gravidade, de sons abafados e estalos nos ouvidos por causa da (de)pressão, mas você não. E se afogou junto comigo.
Não vê que sou pesado demais? Eu sou só uma vibração sem sentido. Anda, solta minha mão e nade até a luz da superfície. Vai, me deixa aqui, eu não pedi pra sair! Solta a minha mão e nada, porque aqui... nada vai.
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