Veio assim sem perguntar nem pedir permissão. Meu amor na ponta da agulha, um velho esfarrapado e cinza, grandioso em meio às ruínas. Sem meias palavras, calou-me. No meio fio, ria às custas da Morte. Essa vida ainda me mata...
Veio por acaso, vestida de arco-íris, flutuando poesias. Meu amor na ponta da caneta, a moça das unhas de sangue. Um brinde ao ctrl+z. Resumidamente é isso. Me abrace, não me solta e me deixa morrer. Quando eu precisar... Deixa eu morrer quando eu precisar...
O cansaço falha as letras. Falha todas as canetas. Empresta o sangue de suas unhas?, é rapidinho... Preciso apenas escrever um ou dois versinhos. Posso até beijar seus lábios de outono e minha boca ressecada. Posso até me envenenar, beijar cada veia machucada. Prometo não irá se arrepender.
O velho que mata, a moça que deixa morrer...
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