Já ouvi falar de amor. Numa tarde de calor, era verão quando fez bater mais forte o coração. Mas esfriou e acabou. Não era amor.
Ouvi falar de amor quando me gemeu “te amo” em cima de mim numa tardinha de outono. Com o passar dos dias, a vadia foi dizer “auau” em outro pau. Folhas secas e o vento gelado me trouxe a solidão me mostrando que não era amor.
O amor veio mesmo numa noite fria de inverno, ahhh amor terno. Me disse que era eterno. Não foi. Amor amor... Foi bonito, perfeito embaixo do cobertor. Só embaixo do cobertor. Não era amor.
Deveria ter vindo num dia florido de primavera, aquele dia estava para amor. Me apresentaram, não nos conhecíamos. Até que durou viu?!, mas era amor de poesia, coisa de boutique, que só dura alguns dias. Faltou, foi tanto faz. Era falso, igual flores de plástico. Não morrem, mas não são reais.
Só ouço falar.
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