Sou pequena e corcundinha, sim. O peso do mundo está me deixando menor e mais curvada. Pois pesa, pesa e pesa. Me traz para baixo, me empurra, me puxa pra terra. Mas não a terra, dos pés no chão, porque os pesos não são realistas. São minhas fantasias, aquelas que criei quando menina, quando eu era ninguém e queria ser alguém. Então, traguei o mundo. Traguei fundo com meus pulmões, tão fundo que foi pro coração. Se alojou lá, o mundo. De vez em quando, ele decide passear. E passeia pelo meu corpo. Seu lugar preferido é na cabeça. Fica lá, martelando e batendo nos meus pensamentos. Muito egoísta este mundo, não me deixa pensar em outra coisa que não ele. Demanda toda minha atenção. Quando tento ser mais forte, ele sai da minha mente pra pesar no coração. Este, muito ligado aos meus olhos, traz como conseqüência minhas lágrimas. Eu choro. Como sempre choro. São lágrimas por não dar conta. O mundo é muito grande e eu sou muito pequena. Não o agüento sozinha, queria ajuda, mas ninguém me escuta. Sua dor é minha dor, sua alegria é minha alegria.... sabia? Por favor, não peça tanto de mim. Sou uma só. E estou cansada de viver pra fora. Posso viver pra dentro, só um pouquinho? Deixa, mundo, deixa... me deixa. Só um pouquinho. Me deixa respirar sem te tragar.
3 comentários:
soou injusto isso...vc sabe pq!
Nossa, é assim mesmo que acontece. Nossa.
Talvez quando se é mais jovem e mais tolo as coisas estejam mais ao alcance. Toda a pompa e arrogância desta idade trazem uma aura de poder - talvez mais que isso - poder simplesmente. Então os pés vão para o chão com botinhas de chumbo do cinismo alheio. Depois o cinísmo alheio torna-se seu também. Daí você é apenas um humano. Desenvolvido, coerente e deprimente. Quanto maiores ficam os dias, menores ficam os sonhos.
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