Ontem eu te procurei, mas não deu tempo. Pensei em te ligar, mas ficou tarde. Pensei em tanto para lhe dizer, mas sem palavras.
Ontem eu senti falta da sua voz cheia de sono me procurando do lado da cama. De como acordávamos de madrugada para fazer amor, mas bem baixinho – para não acordar os seus pais. Senti falta do seu tempero no macarrão de qualquer coisa que eu adorava, ou das suas tão queridas azeitonas – que você tanto adorava e deixava um gosto horrível na sua boca, mas eu beijava mesmo assim. Oliva.
Foi ontem, ainda me lembro, uma noite de novembro que te fiz chorar. E te jurei de joelhos e abraçado às suas belas coxas que eu nunca mais faria isso. E quantas vezes o fiz... Acabava sempre no colo de seus seios fartos e sinceros que acolhiam minhas burradas com perdão.
Já passou, aquela viagem nas férias para o sítio; aquelas briguinhas bobas que nenhum de nós levava a sério – às vezes você, mas orgulhosa nunca dava o braço a torcer. Às vezes eu, que deixava bem claro na minha estupidez. Mas essas coisas nunca atrapalharam. E logo estávamos sorrindo outra vez.
Tanta coisa mudou de ontem pra hoje, e tantas continuam iguais.
Ontem. te quis ontem com desejo, com querência. Hoje, hoje sou só desespero e carência.
Minha cama vazia
Meu peito vazio
Minha doce Olívia...
Um comentário:
Te daria uma lista de quantos estão assim, como esse texto.
Incluiría-me também.
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