Na maioria das vezes, eu nem me lembro do que aconteceu. Mas sei que estes não passaram de meros segundos. Uma fração de tempo tão gostosa, pois se esquece do que houve. Então o vazio volta, e eu percebo que aquele pedaço meu não volta mais.
Fomos amantes por muito tempo, fomos fiéis, presentes, constantes. Eu a amei como ninguém. Era uma formosura... nada dessas magrelas e maquiadas, ela era robusta! Eu conhecia cada pedaço seu. Ela me deixava guiá-la e eu me deixava ser levado por ela. Agora que ela se foi, depois de 26 anos, e eu, aqui, o que faço? Era minha identidade, era minha, amada. Dói tanto olhar para aquele vazio...
Hoje, porém, ela voltou. Com toda sua beleza e formosura, sem arranhões ou rachaduras. Escondeu-se no corredor da morte, fez-se de paisagem. Aqui, não é mais miragem. Vem, amor, deixa eu te dar um abraço apertado. Que saudade!
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A polícia ligou, ela voltou! Inteira, perfeita!
Um comentário:
quase chorei. (sério)
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