Era exatamente o que eu precisava sem saber, um novo jardim fazer florescer.
Depois daquele beijo, o cheiro forte dos seus cabelos de cipó me agarravam e enfeitiçavam me fazendo ficar. Os flertes em seus olhos me olhando de lado me diziam querendo calar:
- Tu és malandro...
- Mas com você eu nunca fui
- Mas eu gosto.
- Então é só o que eu sou.
Era o que eu precisava, um novo jardim para me acolher, uma nova espécie para eu colher. Peculiar, de pétala delicada que se mistura às demais facilmente, mas que não é igual a nenhuma. Escondia seu veneno em sua aparência atraente. Una.
Seu corpo é a relva da noite, minha campina de sonhos caóticos, flutua em tambores e sons de alegria. Me sorri com malícia e aprovação, me dá seus lábios carnudos cheios de curvas e desejos. Faz desta noite todos os meus dias. Me dá teu coração.
E me beija.
Me agarra em teu corpo quente. Me domina.
Depois daquele beijo eu sabia. Gemia pedindo, dizendo que mordo forte. Mansinha delícia de se ver. Sorrio porque sei que é verdade, que é pura maldade, que só quero vê-la gemer.
Cantamos a gente, dançamos em nome da orgia e promiscuidade. Bebemos do vinho dos impuros e nos misturamos às salivas dos deuses. Nós éramos convidados especiais e flutuávamos sem vaidades. Haveria outros encontros, mas nos despedimos como se nunca mais.
A rego e a fortaleço, cresço com mais uma flor em meu jardim sem endereço. Durmo sem me preocupar o que sou para você, mas sim, o que tu és pra mim.
Um comentário:
Firme, doce e provocante: tua escrita tem o sabor do teu beijo.
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