Sejam bem-vindos ao outro lado do espelho, onde tudo pode acontecer (e acontece).

Wonderlando é um blog sobre textos diversos, descobrimentos e crescimento. A filosofia gira em torno do acaso, misturando fantasia e realidade de dois amigos que se conheceram também por acaso, Alice - que tem um país só seu -, e Yuri - chapeleiro e maluco nas horas vagas.

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16 de março de 2006

I only really needed alcohol

Toda a sociedade nos leva a crer em destino, em que as coisas já estão pressupostas para o nosso bem ("Deus escreve certo por linhas tortas"). Quantas vezes alguém não te disse: "não se preocupe, vai dar tudo certo" ou "tudo vai se ajeitar"? Mesmo não acreditando nisso, ou em destino, nós falamos para as pessoas, para confortá-las. Muitas vezes não temos muito como fugir... ou mentimos usando essas frases ou falamos a verdade usando essas frases.

O conceito de destino existe, pois seres humanos são folgados. Não é reconfortante saber que tudo vai dar certo pra você, que as coisas chegarão em nós, e se adaptarão ao nosso favor? Eu penso desse modo quando estou em situações de desespero: não passei na USP, por exemplo.

Nós temos medo do desconhecido. Temos medo do escuro. O destino preenche esse vazio. O futuro já está escrito, o que será, será. Não nos responsabilizamos por nossos atos, não temos o controle.

Eu tenho plena consciência das coisas que disse, mas ainda sim sempre penso "não, as coisas vão dar certo pra mim". Penso, me sinto melhor e pronto. Estou me enganando mais uma vez. Mas entendo que, quando estou no chão, pra que me chutar? Que eu levante, clareie minhas idéias e batalhe para melhorar minha situação.

Portanto, acho que o destino é um conceito criado pelo homem, porém acho um instrumento viável de alívio. Mas não acho que devemos viver crendo que o destino fará tudo. Isso é a mesma coisa que não cuidar do nosso corpo, uma hora as coisas vão piorar fora dos limites de controle natural do organismo.

Agora, viver a fantasia ou ver o real? Acho que primeiro eu gostaria de saber como é o outro mundo, pensar e decidir. No caso do filme, se me contassem mesmo como era o mundo "real", escolheria a fantasia onde vivia, o mundo falso e fabricado, porém, é o lugar que conheço. Ficaria curiosa, provavelmente o resto de minha vida, mas não tenho coragem para mudar radicalmente minha vida. Não hoje.

E você?
Acha que desde bêbes estávamos pré-destinados a nos encontrar?
Viveria na ilusão ou realidade?
Se eu pudesse, viveria sonhando...

Um comentário:

Yuri Kiddo disse...

"Please turn out the light
I get a sick confusion headache trying to figure out who's right"